É assim que posso expressar como enxergava meu casal de amigos Fred e Joice. Nada era para agora, nada era gratuito. Todos os passos dados eram conscientes, dialogados, planejados.

Fred tinha um monte de qualidades das quais uma parte já me faria um ser humano melhor. Bom-humor, inteligência e uma maturidade enorme. Agia como um senhor, dono de todo o conhecimento do mundo quando necessário e como um adolescente bobo e cheio de energia quando podia. Era impossível ter meia hora de conversa com ele e não sentir que aprendeu alguma coisa depois.

A risada dele, que vinha motivada por qualquer coisa (desde uma cena pastelão na TV a um texto de Veríssimo), era extremamente contagiosa.

Joice era diferente. Perguntava, falava, mostrava insatisfação, brigava pelo que queria e fazia amigos com uma facilidade imensa. Tinha gostos diferentes, afinal estudou e se formou em outra área. Mas aí está a beleza do casal: um parecia se interessar tanto pelas características do outro, que não havia mais como enxergá-los separados.

A amizade dos dois foi um presente em minha vida. Dos momentos mais felizes aos mais conturbados, eles sempre estiveram lá, para aconselhar, ouvir, participar e sem pedir nada em troca. Era de graça.

Algumas vezes, sentados a mesa da minha sala, nós conversamos sobre fazer alguma coisa que realmente marcasse nossa existência, que fizesse com que fossemos realmente importantes. Bom, acho que não há nada a ser feito. A saudade que eles vão deixar mostra o quanto nós já somos importantes para quem realmente importa: as pessoas que nos amam.

Estou sentindo muita falta.

João Leonardo(Bibi)


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